Com foco em intervenções de arte contemporânea, o Instituto Bardi | Casa de Vidro abrigou o projeto de José Bechara, reconhecido por sua produção de pinturas a partir da oxidação de metais sobre lonas de caminhão já usadas e por instalações com a temática “casa”.
O artista carioca produziu cinco obras de site specific que ocuparam, em especial, o jardim e também a sala da casa, buscando estabelecer uma relação poética entre os espaços internos e externos da residência projetada por Lina Bo Bardi.
Com os planos de vidro, José Bechara explorou a materialidade deste suporte a partir de transparências, luz natural e artificial refletidas, criando ilusões espaciais da arquitetura real, a exemplo das obras, em “Com licença, Dona Lina” e “Pintura elétrica”, situadas entre a escultura e a pintura.
Outro elemento de destaque na produção do artista é a pátina do tempo, resultado da oxidação de metais, utilizada também nas obras em vidro. Isto contraria um trecho do texto de abertura da exposição, de Luiz Camillo Osório, que diz: “diferentemente das lonas de caminhão, o vidro não tem tempo, sua superfície não deixa grudar densidade histórica”. a obra instalada no jardim composta por taças, copos e recipientes de vidros transparentes e coloridos em o contato extenso com a natureza circundante acumulou folhas secas e partículas terra em seus interiores, demonstrando a passagem do tempo.
Essa foi estendida, mas apenas com parte das obras, colocamos as duas datas? Falo da continuação das obras externas?
Não consegui encontrar o nome desta obra em lugar nenhum, perguntarei à Carol mas talvez não haja.