24 nov 2018 - 24 fev 2019

Sonia Gomes: Ainda assim me levanto

Resultado da parceria entre o Instituto Bardi | Casa de Vidro e o Museu de Arte de São Paulo, que busca promover exposições anuais simultâneas nos dois espaços projetados por Lina e conectados também pela história do casal Bardi, a exposição da artista Sonia Gomes ocupou o primeiro subsolo do MASP e a sala da Casa de Vidro no mesmo período.

     Com curadoria de Amanda Carneiro, a exposição denominada “Ainda assim me levanto” faz referência ao poema de Maya Angelou, realizou a ponte entre os ciclos expositivos “Histórias afro-atlânticas” e “Histórias das mulheres, Histórias feministas” do MASP, marcando ainda os 70 anos da artista mineira, reconhecida internacionalmente.

 Nas obras inéditas produzidas para a mostra, Sonia Gomes dialogou com os dois projetos arquitetônicos de Lina Bo Bardi, trabalhando com a suspensão e a transparência em suas esculturas, confeccionadas a partir de retalhos de tecido, material principal da produção artística. Para a Casa de Vidro, a artista utiliza troncos de madeira descartados, dialogando de forma direta com o jardim de Lina. Neste contexto, Sonia Gomes realiza ‘in loco” intervenção no tronco da árvore central que se projeta no interior da Casa.

Costurando os tecidos, encontrados ao acaso ou ofertados, e aliando-os aos outros materiais, Sonia Gomes apresenta as memórias e histórias que estão impregnadas nesses fragmentos, não necessariamente explicitando-as, por vezes as escondendo, criando segredos nos volumes das trouxas, mas conectando mundos e convidando o observador a caminhar pelas próprias memórias ao percorrer as suturas de suas esculturas.

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